Às
vezes fico só observando. Quando paro para observar as coisas, vejo o quanto as
pessoas são interessantes. Nestes momentos, penso como o mundo é grande e
repleto de pessoinhas e que cada uma tem uma vida. Uma vida complexa, como
todas as vidas. Cheia de problemas, pensamentos, alegrias, crenças, tristezas,
decepções e outras pessoas. São zilhões de histórias diferentes, atuais e
antigas.
Vejo o
mundo como uma biblioteca infinita, que abriga livros de todos os gêneros
possíveis. As nossas vidas são livros. A
cada passo, a cada experiência vivida, palavras vão sendo escritas, formando o
belo livro da vida.
Experimente
um dia, parar e observar. Você vai encontrar muitas histórias (só não se
esqueça de viver as suas), inclusive cômicas, como a que acabei de lembrar agora.
Eu
estava de férias numa praia. Era uma família. A mãe, a avó, o filho/ neto e a
filha/neta. Acredito que a senhora não era a mãe da outra mulher, porque esta,
a chamava pelo nome. Deviam ser nora e sogra, tenho quase certeza. A menina
parecia ter uns nove anos de idade e o menino uns cinco.
O sol
estava forte e a praia cheia de gente. Eles estavam acomodados, com seus
apetrechos de praia perto de mim.
O
garotinho não sossegava. Queria porque queria entrar no mar. A mãe e a avó
disseram para ele esperar um pouco, queriam tomar um pouco de sol. A grande
maioria dos adultos se esquece de que já foi criança. Todos já passamos pela fase, em que se precisa da boa vontade de algum
adulto, seja para nadar ou para comer uma sobremesa nos almoços de domingo, nos
jantares de Natal. Eles só querem saber de conversar, discutir, etc. acabam
sempre pedindo para as crianças esperarem. Enfim, o pequeno continuou a insistir. A avó
acabou se oferecendo para levá-lo até a beira do mar, para ele molhar os
pezinhos. Com um grande bico e uma expressão descontente, pegou na mão da
senhora e foi molhar os pezinhos.
Eu já
estava achando que o menininho havia se conformado com a situação, mas me
enganei. Ele soltou a mão da avó e pulou na água. Dava para perceber que o
danadinho sabia nadar, mas a avó ficou desesperada. Foi atrás dele, que já se
distanciava.
Ao verem
toda a afobação, a mãe e a filha foram correndo até o mar.
A avó
conseguiu pegar o garotinho no colo, mas mal teve tempo de se recompor do
susto. A netinha agarrou suas costas feito um carrapatinho, e acabaram as duas
caindo sobre o menino, que não sei como conseguiu se livrar da “prisão”.
Aos
gritos, a mãe mandou a garota largar a avó. Com uma cara de quem não estava
entendendo muito bem a situação, a menininha saiu de cima da senhora.
As
duas mulheres mais velhas foram atrás do garotinho, que não estava muito longe,
mas acabaram tropeçando uma na outra e levaram um belo banho de uma onda. Os
irmãos riram e foram ajudá-las, mas acabaram também tropeçando e levando um
caldo. Riram mais ainda. No final das contas, foi um senhor, que caminhava com
a esposa perto dali que as ajudou a levantar.
O
cabelo das duas ficou bagunçado e os óculos da senhora tortos em seu rosto. Agradeceram
a ajuda e foram até os irmãozinhos. O sermão das duas foi interrompido pelas
próprias crianças, que ao verem o sorveteiro passar gritaram “Sorvetee !!” e saíram
correndo até ele. Mãe e avó entreolharam-se e sorriram. Perceberam que brigar
não resolveria nada. Decidiram dar um final feliz ao episódio. Tudo acabou em
sorvete.
Tenho
certeza de que esta história , assim como ficou guardada em minha memória, ficou
também guardada na deles. Algo que sempre lembrarão com boas risadas.
Eu adoro ir a praia para observar o povo, sempre tem alguma coisa engraçada para se ver... KKKK
ResponderExcluirHelaine Costa - Blog NannaMais
http://nannamais.blogspot.com.br/
Kkkkk verdade! Sempre dá para presenciar ótimas histórias :)
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirMinha querida, acho que conheço os personagens dessa historia!!!!
ResponderExcluirÓtimos momentos , ótimas lembranças :)
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